Welcome


OS POEMAS SÃO PÁSSAROS



OS POEMAS SÃO PÁSSAROS

QUE CHEGAM, NÃO SE SABE DE ONDE,

E POUSAM NO LIVRO QUE LÊS.


QUANDO FECHAS O LIVRO,

ELES ALÇAM VÔO COMO DE UM ALÇAPÃO.


ELES NÃO TÊM POUSO NEM

PORTO.

ALIMENTAM-SE UM INSTANTE

EM CADA PAR DE MÃOS E PARTEM.


E OLHAS, ENTÃO, ESTAS TUAS MÃOS VAZIAS

NA MARAVILHA DO ESPANTO DE SABERES

QUE O ALIMENTO DELES JÁ ESTAVA

EM TI...

(Mário Quintana)



SEJAM BEM-VINDOS AO CELEIRO LITERÁRIO!!!



VISITEM, TAMBÉM, MEU CANAL NO YouTubeMarta7304





CELEIRO LITERÁRIO

terça-feira, 29 de março de 2011

HAVERÃO SONHOS? (Marta Tereza)

No meio da noite ele surge.
Olhar perdido...
Sem rumo segue as ruas escuras e vazias.
Esquélito e famito.
Nariz sujo acaricia a vitrine fria da confeitaria.
Ali permanece não se sabe por quanto tempo...
... o tempo, talvez, que seu pequenino corpo reclama descanso.
Segue para baixo da marquise, tendo por agasalho o que foi notícia, esquecido em um banco de jardim.
Sossega a cabeça não se sabe com que sonhos.
Haverão sonhos? Gostaria de saber!
Será que é saborear o doce que viu na vitrine da confeitaria?
Ou uma cama quente e macia com agasalho que não foi notícias?
Não sei dizer.
Ninguém sabe...
Somente a madrugada sabe e nada diz.
Indiferente....
Preocupada está em lançar o orvalho fino e frio da noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página