Welcome


OS POEMAS SÃO PÁSSAROS



OS POEMAS SÃO PÁSSAROS

QUE CHEGAM, NÃO SE SABE DE ONDE,

E POUSAM NO LIVRO QUE LÊS.


QUANDO FECHAS O LIVRO,

ELES ALÇAM VÔO COMO DE UM ALÇAPÃO.


ELES NÃO TÊM POUSO NEM

PORTO.

ALIMENTAM-SE UM INSTANTE

EM CADA PAR DE MÃOS E PARTEM.


E OLHAS, ENTÃO, ESTAS TUAS MÃOS VAZIAS

NA MARAVILHA DO ESPANTO DE SABERES

QUE O ALIMENTO DELES JÁ ESTAVA

EM TI...

(Mário Quintana)



SEJAM BEM-VINDOS AO CELEIRO LITERÁRIO!!!



VISITEM, TAMBÉM, MEU CANAL NO YouTubeMarta7304





CELEIRO LITERÁRIO

sexta-feira, 8 de abril de 2011

VIDAS QUE SE FORAM... (Marta Tereza Araujo)







O que dizer da mente, perversa e perigosa;   
Fria, que em segundos, conseguiu
Ceifar várias vidas?

Vidas que cresciam como as árvores,
Preparando-se para darem frutos.
Rosas e Flores arrancadas dos seus galhos,
Prematuras, ainda em botões...
Caídas ao chão, agonizantes,
Murchas e sem vida;

Outras massacradas,
 Machucadas no corpo,
E na alma

O que esperar da mente que age premeditada
Deixando o solo fúnebre;
Extremamente vazio e cheio de dor
Seivas derramadas, agora, em terra estéril
De onde se colherá, apenas, lembranças e saudades?

O que se pensar da mente ferina,
Não somente, desidratada,
Mas, seca, estéril de sentimentos  
Que causou tanta dor?
E que a sua própria dor
Não foi suficiente para compensar
O sofrimento dos outros?

Como consolar os corações partidos que ficaram
Já que impossível unir os pedaços dos
Corações partidos, de fato, que se foram? 

O solo do Brasil está manchado
Do sangue de brasileirinhos inocentes.

Espectro do mau, em forma humana
Assustaste e sacrificastes, feitos cordeiros,
Anjos que habitavam a terra.
Agora, certamente, jaz,
Agonizante, nas trevas!



Dedicado aos pequeninos que se foram;
Aos que ficaram, feridos e machucados;
E seus familiares, tristes e saudosos
Da Escola Municipal Tasso da Silveira do Rio de Janeiro

Recife-PE, 08 de abril de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página