Welcome


OS POEMAS SÃO PÁSSAROS



OS POEMAS SÃO PÁSSAROS

QUE CHEGAM, NÃO SE SABE DE ONDE,

E POUSAM NO LIVRO QUE LÊS.


QUANDO FECHAS O LIVRO,

ELES ALÇAM VÔO COMO DE UM ALÇAPÃO.


ELES NÃO TÊM POUSO NEM

PORTO.

ALIMENTAM-SE UM INSTANTE

EM CADA PAR DE MÃOS E PARTEM.


E OLHAS, ENTÃO, ESTAS TUAS MÃOS VAZIAS

NA MARAVILHA DO ESPANTO DE SABERES

QUE O ALIMENTO DELES JÁ ESTAVA

EM TI...

(Mário Quintana)



SEJAM BEM-VINDOS AO CELEIRO LITERÁRIO!!!



VISITEM, TAMBÉM, MEU CANAL NO YouTubeMarta7304





CELEIRO LITERÁRIO

quarta-feira, 20 de abril de 2011

UBIQUIDADE (Manuel Bandeira)

Estás em tudo que penso,
Estás em quanto imagino:
Estás no horizonte imenso,
Estás no grão pequenino

Estás na ovelha que pasce,
Estás no rio que corre:
Estás em tudo que nasce.
Estás em tudo que corre.

En tudo estás, nem repousas,
Ó ser tão mesmo e diverso!
(Eras no início das cousas,
Serás no fim do universo).

Estás na alma e nos sentidos.
Estás no espírito, estás
Na letra e, os tempos cumpridos.
No céu, no céu estáras.

Manuel Bandeira
(1886-1968)








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página