No meio da noite ele surge.
Olhar perdido...
Sem rumo segue as ruas escuras e vazias.
Esquélito e famito.
Nariz sujo acaricia a vitrine fria da confeitaria.
Ali permanece não se sabe por quanto tempo...
... o tempo, talvez, que seu pequenino corpo reclama descanso.
Segue para baixo da marquise, tendo por agasalho o que foi notícia, esquecido em um banco de jardim.
Sossega a cabeça não se sabe com que sonhos.
Haverão sonhos? Gostaria de saber!
Será que é saborear o doce que viu na vitrine da confeitaria?
Ou uma cama quente e macia com agasalho que não foi notícias?
Não sei dizer.
Ninguém sabe...
Somente a madrugada sabe e nada diz.
Indiferente....
Preocupada está em lançar o orvalho fino e frio da noite.
Welcome
OS POEMAS SÃO PÁSSAROSSEJAM BEM-VINDOS AO CELEIRO LITERÁRIO!!!
OS POEMAS SÃO PÁSSAROS
QUE CHEGAM, NÃO SE SABE DE ONDE,
E POUSAM NO LIVRO QUE LÊS.
QUANDO FECHAS O LIVRO,
ELES ALÇAM VÔO COMO DE UM ALÇAPÃO.
ELES NÃO TÊM POUSO NEM
PORTO.
ALIMENTAM-SE UM INSTANTE
EM CADA PAR DE MÃOS E PARTEM.E OLHAS, ENTÃO, ESTAS TUAS MÃOS VAZIAS
NA MARAVILHA DO ESPANTO DE SABERES
QUE O ALIMENTO DELES JÁ ESTAVA
EM TI...
(Mário Quintana)
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CELEIRO LITERÁRIO
terça-feira, 29 de março de 2011
AMOR, INFINITO AMOR (by Marta Tereza Araújo Silva)
Tal qual as ondas do mar acariciam, mansa e suavemente,
A areia branca da praia.
Deixa pousar na tua pele a minha pele,
Num pouso leve e silencioso, como fazem as borboletas
Ao tocarem as pétalas das flores, nas lindas manhãs de sol.
Deixa tocar meus lábios nos teus lábios
Num brinde ao amor e disto resulte néctar para a alma.
Deixa dormir no teu abraço aquecido
Durante as noites frias que atravessam as madrugadas.
Deixa repousar o meu corpo sobre a maciez do teu corpo
Com a leveza do vento em brisa suave,
Ao soprar as folhas caídas nos verdes campos,
Numa linda noite de verão.
Deixa te amar com amor profundo
Tendo, apenas, a lua e as estrelas
Como testemunhas da cumplicidade deste momento.
Deixa navegar na magia deste momento
Não permitindo que se desfaça com o tempo
Mas, se eternize na memória
Deixa que dessa harmonia se faça ouvir uma canção...
...Uma canção que fale de amor
De eterno e infinito amor.
LIVRE DAS IDENTIDADES (by Marta Tereza Araújo Silva)
Voltar ao lugar que começou.
Sem roupas, sem nome, sem dono.
Sem dentes, sem fala, sem nada, sem medo.
Transpor os véus da vida
Atravessar as portas, fechadas ou abertas.
Chegar à essência humana, início de tudo.
Reencontrar, por fim, você, o ser inocente, puro, verdadeiro.
Livre das amarras, dos preconceitos, do temor.
Simples, como as coisas da natureza:
A chuva que cai, alheia... nas estações que não lhe são própria.
Os passarinhos que pousam em lugares imprevistos
A flor que teima em brotar entre as rochas
A árvore que vara o solo com suas raízes
Firmes e sedentas de se expor ao mundo.
Esse é o jeito lindo de amar.
CAMINHOS DO AMOR (by Marta Tereza Araújo Silva)
Esse sentimento...
Que transita livremente
Entre a cabeça e o coração.
Na cabeça, ocupa os pensamentos
No coração, as emoções.
Constroe ponte que o leva,
Vagando, embriagado,
Dos caminhos da mente até os do coração,
Que sufocado, devolve-o à cabeça.
Reside em duas moradas, ao mesmo tempo.
Ocupa os dois espaços, preenchendo-os, totalmente
Seguro de si, sem cerimônia,
Sem pedir licença, tal qual erva daninha
Brinca nesse trânsito frenético
Sem medo de ser atropelado.
Busca, nessas idas e vindas,
Os caminhos da alma.
Ânseia fixar, nessa terra, uma nova morada.
Fincar raízes nas profundezas da alma.
Mente e coração
Podem levá-lo à terra desconhecida
Onde espera encontrar terreno fértil
Para plantar a semente do amor eterno
SACRIFÍCIOS DA TRANSFORMAÇÃO (by Marta Tereza Araújo Silva)
Perecer no cazulo
Para dá vida a borboleta
Para dá vida a borboleta
Ferir a ostra
Para formar a pérola
Para formar a pérola
Violar a fonte
Para saciar a sede
Para saciar a sede
Afogar a semente no solo
Para brotar o fruto que alimenta
Arrancar o trigo da terra
Para tranformá-lo em pão
Sangrar o coração
Para extrarir o amor verdadeiro.
Atingir a alma
Para alcançar a eternidade do espírito
Na cadeia alimentar da fauna
Sacrificar uns para a sobrevivência de outros
Morrer para outro nascer
A vida de um homem foi tirada:
Jesus,
Morreu crucificado,
Para salvação da humanidade.
SACRIFÍCIOS DA TRANSFORMAÇÃO (by Marta Tereza Araújo Silva)
Podar a planta preparando-a para a estação das flores e frutos
Perecer no cazulo para dá vida a borboleta
Ferir a ostra para formar a pérola
Violar a fonte para saciar a sede
Afogar a semente no solo para brotar o fruto que alimenta
Arrancar o trigo da terra para tranformá-lo em pão
Sangrar o coração para extrarir o amor verdadeiro.
Atingir a alma para alcançar a eternidade do espírito
Na cadeia alimentar da fauna sacrificar uns para a sobrevivência de outros
Morrer para outro nascer
A vida de um homem foi tirada:
Jesus,
Morreu crucificado,
Para salvação da humanidade.
Perecer no cazulo para dá vida a borboleta
Ferir a ostra para formar a pérola
Violar a fonte para saciar a sede
Afogar a semente no solo para brotar o fruto que alimenta
Arrancar o trigo da terra para tranformá-lo em pão
Sangrar o coração para extrarir o amor verdadeiro.
Atingir a alma para alcançar a eternidade do espírito
Na cadeia alimentar da fauna sacrificar uns para a sobrevivência de outros
Morrer para outro nascer
A vida de um homem foi tirada:
Jesus,
Morreu crucificado,
Para salvação da humanidade.
AS CARÍCIAS DA PALAVRA (by Marta Tereza Araújo Silva)
Não tem boca
Não tem pele
Não tem corpo
Não tem cheiro
Não tem cor
Nem sabor
Não tem luz
Nem coração
Nem estação
Não tem movimento
Não tem força de gravidade
Não é comandante, nem governante
Não tem aparência física
Não é machado, nem faca
Não tem fala, nem voz
Não é medicamento
Nem energético
Não é vírus
Não tem cérebro
Não é professor
Contudo,
Afaga
Beija
Roça
Tem forma, ocupa espaço
Perfuma
Colore
Adoça, amarga
Ilumina
Sente
Pode ser fria, quente, calorosa
Agita, acalma, amacia
Pode ser pesada, leve, suave
Comanda, governa
Dura, áspera, elegante
Fere, machuca, sangra
Grita, geme, cala, agride, magoa
Sara, cura
Provoca, estimula, incita, excita
Causa alegria, exulta, entristece
Cria, constroe, produz
Ensina, transmite, professa
Nada é mais sublime
Quando expressa amor
O MURMÚRIO DO SILÊNCIO (by Marta Tereza Araújo Silva)
O AMOR TRANSBORDA NO CORAÇÃO...
INUNDA O SER.
APODERA-SE DO PENSAMENTO
E IMOLA A ALMA...
SEDENTA DE PAZ
AFOGA-SE NA QUIETUDE
DO SILÊNCIO
QUE EM MURMÚRIO NADA DIZ
SÓ RESTA ESPERAR O TEMPO,
SEM TEMPO CERTO
NUMA ESPERANÇA INCERTA
ALIMENTADA, APENAS, PELO SONHO.
O ROMANCE DO MAR COM A PRAIA (by Marta Tereza Araújo Silva)

ABRAÇAM A PRAIA,
NAMORADA SOLITÁRIA.
BEIJA-A COM BEIJOS MOLHADOS.
ORNAMENTA-A COM PRESENTES
LANÇANDO-OS SOBRE A AREIA,
CORPO QUE CINTILA AO SOL.
JOGA-SE IMPETUOSO
NOS BRAÇOS DA AMADA.
MAS, É NAMORO DE ENCONTROS BREVES.
CHEGA CANTANDO O AMOR,
MAS NÃO FICA
DEIXA-A LARGADA,
SOZINHA E DESERTA
NO ABANDONO DA SAUDADE
AUSÊNCIA (by Marta Tereza Araújo Silva)
AUSÊNCIA DA FALA,
DO CORPO,
DO CHEIRO,
AUSÊNCIA FÍSICA.
AUSÊNCIA QUE NÃO É AUSÊNCIA,
MAS VAZIO.
VAZIO CAUSADO PELA MORTE,
PELA PERDA,
PELA DISTÂNCIA
PELA FALTA DE AMOR,
AUSÊNCIA QUE É PRESENÇA
SEM ESTÁ PRESENTE
TRATANDO-SE DE AMOR
NÃO EXISTE AUSÊNCIA
QUANDO AUSENTE A PRESENÇA FÍSICA,
PRESENTE A ESPIRITUAL.
O SOM DO SILÊNCIO (by Marta Tereza Araújo Silva)
SILÊNCIO QUE FALA,
CHORA
CANTA
GRITA
SILÊNCIO QUE MURMURA,
RECITA
FINGE CALAR
SILENCIO QUE EXPRESSA,
EXPÕE
COMPÕE
PUBLICA
SILÊNCIO QUE PRODUZ RUÍDOS
PARA QUEM O ESCUTA.
QUEM O ESCUTA, OUVE A SUA VOZ!
A PACIÊNCIA DA NATUREZA (by Marta Tereza Araújo Silva)
Paciente e silenciosamente espera...
Indiferente às ansiedades alheias
Não liga para a pressa ou demora
Mantém o seu curso...
Assiste impassível, a semente germinar.
Ao seu tempo, a rosa desabrochar.
O campo florir
A erva daninha insolente crescer.
Aguarda tranquila e calma
O nascer e o por do sol
O dia raiar e a noite chegar
A chuva parar de cair.
O sol voltar a brilhar
A fase da lua mudar.
Acompanha apática
O movimento dos rios de encontro ao mar
A mudança das estações
A transformação do tempo
O momento que os seres nascem e morrem
O ciclo da vida se cumprir.
SINTONIA (by Marta Tereza Araújo Silva)
O TEMPO DO TEMPO (by Marta Tereza Araújo Silva)
Somos reféns do tempo
E sujeitos aos seus caprichos absolutista
Quedamos hipotentes ao seu ritmo inflexível.
Monarca que reina absoluto
Indiferente aos anseios dos seus servos
Ditador que desfila alheio aos seus espectadores.
Passa apático frente os momentos
De alegria ou de tristeza
Frio quando há risos ou lágrimas
Insensível às circunstâncias de ganho ou de perda,
Gélido nas ocasiões de saúde ou de doença.
Contemplativo...para o nascer ou morrer.
Segue seu curso num compasso inalterado
Numa marcha sem compaixão,
Sem remorso ou arrependimento
Não é dado à retratação.
Estabelece, sem hesitar, seu próprio limite a cumprir,
O tempo do tempo.
Nada influi na sua cadência.
Tem por serva predileta, a paciência,
Escrava que se curva submissa e resignada
Que se entrega à espera dele se realizar.
Quando não nos fixamos nele
Espectro que passa sorateiro.
Sem percebermos, ele já passou...
Mas, quando nos detemos à sua espera,
Desdenha... num passeio lento de braços dados
Com dias e noites intermináveis
E cumplicidade irritante.
Ilusão acreditar que se perde ou que se ganha tempo
Porque não se perde nem se ganha
O que não se tem domínio
E sujeitos aos seus caprichos absolutista
Quedamos hipotentes ao seu ritmo inflexível.
Monarca que reina absoluto
Indiferente aos anseios dos seus servos
Ditador que desfila alheio aos seus espectadores.
Passa apático frente os momentos
De alegria ou de tristeza
Frio quando há risos ou lágrimas
Insensível às circunstâncias de ganho ou de perda,
Gélido nas ocasiões de saúde ou de doença.
Contemplativo...para o nascer ou morrer.
Segue seu curso num compasso inalterado
Numa marcha sem compaixão,
Sem remorso ou arrependimento
Não é dado à retratação.
Estabelece, sem hesitar, seu próprio limite a cumprir,
O tempo do tempo.
Nada influi na sua cadência.
Tem por serva predileta, a paciência,
Escrava que se curva submissa e resignada
Que se entrega à espera dele se realizar.
Quando não nos fixamos nele
Espectro que passa sorateiro.
Sem percebermos, ele já passou...
Mas, quando nos detemos à sua espera,
Desdenha... num passeio lento de braços dados
Com dias e noites intermináveis
E cumplicidade irritante.
Ilusão acreditar que se perde ou que se ganha tempo
Porque não se perde nem se ganha
O que não se tem domínio
A NASCENTE DAS LÁGRIMAS (by Marta Tereza Araújo Silva)
Embriões que se alimentam de sentimentos
E que crescem transformando-se em regatos
Que sangram nos prados floridos da alegria ou da tristeza.
Fios d'água que atravessam o canal das emoções
E brotam nos olhos, portas do coração,
Como fontes cristalinas
Que ora vertem água doce; ora água salgada...
Rolam face a fora
Banhando-a com leveza de brisa
Para, em seguida,
Evaporar-se no ar
Como se fossem bolinhas de sabão.
Não têm boca mas falam.
Elas expressam
O que não pode ser visto a olho nú.
Não se distinguem as sinceras das falsas.
Ambas são lágrimas!
DE VOLTA AO ÚTERO MATERNO (by Marta Tereza Araújo Silva)
RECIFE EM FESTA (by Marta Tereza Araújo Silva)
Hoje te fizeste bela!
Tuas ruas e avenidas
Vestiram-se da alegria do teu povo
Que se acotovelaram
Para te homenagear,
Para aplaudir
E brindar a tua existência.
Bebe.
Oh! Recife,
O cálice dessa doce alegria
Degustando cada gole!
DOCE TERNURA (by Marta Tereza Araújo Silva)
... dirigir o pensamento para
O Menino Jesus com doce ternura!
ENQUANTO ESPERA... (by Marta Tereza Araújo Silva)
Com passos lentos e cansados
Sem pressa de chegar.
No olhar, a serenidade flui.
Vivendo a vida de quem já viveu
Momentos que não voltam mais...
... jamais!
Vagas lembranças surgem
Cheias de saudades,
Mas sem reações.
Comentadas somente.
Ele vive uma vida cristalina
Tal qual as águas das fontes
Que brotam, lentamente,
E que se deixam levar,
Aos poucos,
Sem saberem pra onde vão...
...acompanhando, apenas,
A correnteza, incerta, da chuva.
(Dedicada ao meu avô, aos 92 anos, ainda, em vida, em 27.03.1986)
A VERDADE MENTIROSA (by Marta Tereza Araújo Silva)
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Desde tenra infância eramos orientados a respeitar e seguir os preceitos da religião.
A pautar a vida nas normas e nos valores religiosos.
Castigos, ameaças e recompensas eram incutidas nas nossas mentes, para aqueles que violassem ou observassem os mandamentos, respectivamente.
Por isso, crescemos e nos tornamos adultos com muitos temores. Que descobrimos mais tarde não terem sentido.
Os movimentos da vida, ora nos aproximam, ora nos afastam do convívio da igreja, bem como das cerimônias religiosas. Passei por isso. Porém, sempre estive voltada para os ensinamentos recebidos, alimentada pela oração e absolvida pela busca de maior intimidade com a fé.
Nunca abandonei a religião, mas, também, não a abracei da maneira que observo muitos fazerem, com imenso fervor.
Sempre adotei a opinião de que a relação com Deus é que se traduz em um bálsamo para as nossas vidas, independente da religião.
Atualmente, observo existir muita inquietação nas comunidades religiosas por atitudes as passadas e as presentes.
Embora acompanhando os movimentos religiosos e da igreja sou tentada a compreender e aceitar alguns ruídos dos céticos e dos incertos.
Uma das causas para esse desconforto na religião é o crescente número de informações que chegam, diariamente, através dos canais de comunicação, de denúncias apontando condutas inidôneas de orientadores espirituais, religiosos.
Será que estes fatos estão nos sendo submetidos para testar a nossa fé?
As constatações de envolvimentos de entidades, fomentadoras da religiosidade, orientadores espirituais e pessoas que se dizem religiosas, em crimes e comportamentos comprometedores dos ensinamentos religiosos, dos valores, da ética, da moral e principalmente da Palavra, abalam, não somente, as estruturas espirituais bem como a vida e os sentimentos das pessoas e de toda a sociedade.
Imaginemos as vítimas desses crimes, as quais depositaram suas dores, seus recursos, seus sofrimentos, suas esperanças e sua fé nas mãos desses crentes.
Como deve está abalada a certeza de tudo aquilo que foi recolhido ao celeiro dos seus corações, durante anos a fio!
Ademais, mesmo como espectadores daqueles diretamente atingidos, somos, igualmente, afetados, pois, sem sombra de dúvidas, esses acontecimentos soam como um tsunami, um terremoto, um dilúvio, uma catástrofe, na confiança espiritual de toda sociedade.
Porém, muitos, incrédulos, pelo que se pode observar, preferem não acreditar no que ouviram. Insistem em permanecer na ilusão, é mais cômodo do que enfrentar a realidade!
Outros, fogem do assunto, desgarrados, feito ovelhas sem rumo.
Há, porém, os que se comportam como filhotes, desmamado, abandonados pela mãe.
E, ainda, os que preferem adotar uma atitude contemplativa.
Outros a decepção os abatem de tal sorte que passam a não acreditar em mais nada... os céticos, os ateus.
Esses ruídos soam na comunidade religiosa, principalmente, para aqueles que, ainda, não estão convictos, como uma bomba.
Despertam para a existência de um campo minado, seguido de desconfiança dos ensinamentos recebidos, bem como sobre a veracidade dos mesmos. Tudo passa a ser questionado.
Quanta irresponsabilidade e desrespeito com a humanidade...
Durante anos o mundo recebe orientação espiritual de autoridades que se tem como idôneas. Estas pessoas são vistas como sábias e espiritualizadas. Detentoras do conhecimento da Palavra.
É assim que imaginamos... E acreditamos nisso; porque elas nos fazem acreditar que são detentoras nesse mister. São credenciadas para cuidar do seu rebanho.
A crença, para alguns, é tão forte que podem levá-los a matar ou morrer em defesa da verdade pregada por esses líderes.
Muitas vezes nos fazem acreditar em determinadas coisas durante anos.
Obrigam-nos a percorrer séculos defendendo e acreditando numa Verdade Mentirosa!
Seguimos pela vida sob a égide de certas orientações religiosa e depois descobrimos posturas, totalmente, incompatíveis com os ensinamentos, com a ética e com os costumes. Aliás, essa prática é adotada, também, por outros segmentos com o científico, ético, moral, valores, etc.
Somos surpreendidos e bombardeados com notícias de que se chegou à conclusão que consumimos durante longo tempo algo que não era saudável, para o corpo ou para o espírito.
Que esta ou aquela orientação deve ser revista.
Com quem fica o prejuízo?
Às vezes, já houve quem tentou mostrar que o caminho não era aquele, porém a resistência de uns tantos é maior e com isso impede o avanço e promove o sofrimento da humanidade.
Dentre inúmeros exemplos de resistência quando se aponta a necessidade de uma abertura para a visão, destaco a difícil trajetória de Freud, lances mostrado no filme “Além da Alma”, e em suas entrevistas nas quais abordou o assunto, mostrando como é difícil superar as barreiras da intolerância, da arrogância, da vaidade e do orgulho, em qualquer âmbito.
Determinados grupos se sentem ameaçados pelas novas descobertas e comportamentos que influam em mudanças das posturas que eles construíram.
Diante da ameaça chegam a permear as suas atitudes com o véu da ignorância. Motivo pelo qual muitas coisas não evoluem.
Depois de muito sofrimento, justificados como sendo, "a vontade de Deus", conclui-se que tudo não passou de equívocos.
Ora, imaginemos o tempo perdido que essas pessoas viveram abraçadas a uma Verdade Mentirosa.
Calculemos quantas pessoas sofreram e morreram condenadas com base em equívocos de todos os tipos.
Esses fatos detonam o fio de esperança que existe nas pessoas...
Levando-as a conclusão que, para as coisas ruins da vida, não existe nenhum lenitivo.
O homem neste planeta é a figura que dita as regras, comanda, reina, mesmo cheio de imperfeições.
O próprio homem delega a outros homens o direito de reger as suas vidas, crédulos e otimistas, investem na esperança de que alguns de seus escolhidos sejam a salvação do mundo.
Acreditam, até, que através desses eleitos a humanidade poderá ser salva!
Mas, as evidências, durante os tempos mais remotos, apontam quão volúvel é a pessoa humana.
Como se mostra interesseira, egoísta, invejosa, inescrupulosa quando detém o poder.
Como se veste de intolerância e vaidade quando seus interesses estão envolvidos.
É difícil saber se, esta ou aquela pessoa, está imune a esses sentimentos mesquinhos.
É impossível saber se o altruísmo prevalece em suas escolhas.
É difícil perceber se não será contaminada pelo capricho, arrogância, corrupção e pela luxúria...
Sob a justificativa da necessidade de bens materiais para atingir os objetivos do bem comum e alcançar a fé, vivem mergulhadas na riqueza e na opulência, afogadas no glamour, financiados pelos seguidores iludidos.
Mantém-se edificadas sobre o alicerce do corporativismo e do poder; enquanto que seus seguidores estão à margem de tudo isso; vivendo na pobreza e na miséria; e, aos um pouco mais afortunados, no sacrifícios.
Essas comunidades padecem na miséria, na desilusão, no desamor. Mas, se mantém fiéis e crentes nas profecias dos seus líderes; enquanto estes seguem convictos de que são merecedores da miséria e do sacrifícios dos outros, para buscar o bem comum.
O mundo nos apresenta poucas personalidades para admirarmos suas ações e tê-las como exemplo de vida.
Ressalte-se, que em vida elas não eram acolhidas nem reconhecidas, chegaram a ser até apedrejadas.
Algumas chegaram a serem ameaçadas de virem a serem sacrificadas; outras foram sacrificadas literalmente, à exemplo de Galileu.
A história registra ataques e agressões em vidas a pessoa que percorriam caminhos diversos da orientação religiosa,que contrariavam teorias, fórmulas ou condicionamentos estabelecidos, porém, hoje são santificadas, são exemplos de vida a ser seguidas, como Gandhi, Chico Xavier, Freud, Galileu e outros.
Precisa-se morrer para que as verdades e as boas ações, praticadas em vida, sejam valorizadas, prestigiadas e até canonizados.
O ser humano, nas suas carências e necessidades ficam vulneráveis a serem iludidos. Estando nesses estágio acreditam em tudo e em todos que afirmem serem capazes de aliviar as suas dores os seus sofrimentos.
São sugestionados, anestesiados, tomados sob efeitos hipnóticos. Entregues!
Imaginemos como estará a cabeça daqueles que foram vítimas de agressões praticadas por essas pessoas, em quem confiavam as suas mais profundas intimidades?
Quais os sentimentos que permeiam os seus corações, depois de serem violados?
O que poderá se encontrar, agora, na essência de suas almas?
Por isso, tenho que a única certeza das nossas vidas é Cristo.
Seja antes ou depois dele, os que se apropriaram ou se apropriam, da Palavra, da Lei, dos Ensinamentos, da Verdade, o fazem lapidando-os aos seus modos e interesses.
Interpretam a Palavra como convém, de forma fantasiosa, maquiada; incutindo sempre a necessidade de uma contrapartida e incitando o temor, que causa opressão e que pode chegar à depressão.
Aplicam a Lei observando parâmetros os quais, certamente, não se compatibilizam com os do Cristo.
Aliás, o próprio Cristo corrigiu os seus contemporâneos em várias passagens do Evangelho sobre a interpretação da Palavra de Deus. Hoje não é diferente...
Muitos têm o Cristo por paradigma, mas não se espelham, verdadeiramente, nele. Sustentam-se na aparência...
Resumindo, acredito que só existe um único orientador da Verdade, Jesus Cristo.
É forçoso reconhecer que é hipocrisia pessoas com máculas disponham-se a transmitir a verdade para outras.
De tudo que sabemos e vivemos, resta a certeza de que, nesta terra, homem algum tem certeza de nada!
ASSÉPSIA (by Marta Tereza Araújo Silva)
Não sejam nobres
Levanta o véu de tua consciência
E deixa o amor invadir
Abra as portas do teu coração
E inspira o oxigênio da paz
Permita que os teus olhos
Irradiem luz,
E destrona a escuridão
Estimula a tua pele
A transpirar o perfume
Das rosas
Controla a tua boca
Para que profira palavras
Doces, como o mais puro mel
Disciplina os teus passos
A serem silenciosos,
Como o deslocamento do átomo
Então, serás puro...
SUBLIMINAR (by Marta Tereza Araújo Silva)
MÃO DUPLA (by Marta Tereza Araújo Silva)
Busco na expressão do adulto
A criança que ele foi um dia.
A criança que ele foi um dia.
Ao olhar para uma criança fico a imaginar:
Quem ela será um dia!
Quem ela será um dia!
O DIÁLOGO DA NATUREZA (by Marta Tereza Araújo Silva)
A natureza em seu encantamento comunica-se entre si num diálogo amoroso e permissivo.Os pássaros beijam as flores que se entregam num enlace perfeito.
Os ruídos dos rios, riachos e cachoeiras são canções de amor eterno.
O diálogo das plantas com o sol é visível, quando buscam a luz e o calor, inclinando os galhos em sua direção.
A chuva derrama-se toda no encontro com a terra que a absolve sedenta, tragando cada gota d’água com alegria; e, em reciprocidade, presenteia doando o fruto que brota.
A luz da lua ilumina, gratuitamente, a escuridão que não se contrapõe, permitindo a invasão com contemplação.
O instinto animal se manifesta com danças, acompanhadas de canções entendidas, somente, pelos integrantes dessa natureza.
No silêncio sagrado das matas vários diálogos acontecem numa confirmação perpétua de amor.
A cumplicidade é o lema desse diálogo, onde a metamorfose se realiza como milagre.
PAUSA (by Marta Tereza Araújo Silva)
O TEMPO DE LONGE
O TEMPO DE PERTO
O TEMPO DA MÚSICA
O TEMPO DA CHUVA
O TEMPO DA SECA
O TEMPO DA COLHEITA
O TEMPO DA VIDA
O MUNDO GIRANDO
SEM VELOCIDADE PERCEBIDA
ENQUANTO SE PENSA,
O QUE FAZER DA VIDA?
AMOR SINCERO (by MARTA TEREZA ARAÚJO SILVA)
É ALGO ASSIM...
PURO
ENVOLVENTE
CHEIO DE ENCANTAMENTO.
MÁGICO,
SIMPLES,
SINCERO;
VERDADEIRAMENTE BELO
NATAL COM A VIRGEM MARIA (by Marta Tereza Araújo Silva)
MULHER DIVINA,CHEIA DE LUZ
ESCOLHIDA POR DEUS
PARA SER A MÃE DE JESUS.
SUA BELEZA A TODOS ENCANTA
SEJA NO CÉU; SEJA NA TERRA
É ACLAMADA COM FERVOR
MIMOSA FLOR ACOLHE TEUS FILHOS
QUE VIVEM NESTE MUNDO
DE ALEGRIA E DE DOR
TEU SEMBLANTE SERENO
TRANSMITE PAZ
CELEBRA O AMOR,
O MESMO AMOR
QUE DEDICASTE
AO TEU FILHO,
O PRIMOGENITO,
MENINO JESUS.
SONETO PARA VIRGEM MARIA - CAMINHO PARA DEUS (by Marta Tereza Araújo Silva)
SINFONIA DO SILÊNCIO (by Marta Tereza Araújo Silva)
A SINFONIA DO SILÊNCIO, SOMENTE É
AUDÍVEL PELO CORAÇÃO,
MAESTRO QUE, EM SILÊNCIO,
REGE AS VOZES DOS SENTIMENTOS
MAIS PROFUNDOS E DE MOVIMENTOS CONTIDOS.
EXISTE UMA CRIANÇA NO ALTAR (by Marta Tereza Araújo Silva)
Somos templo.
Em cada coração
Existe um altar.
Lá... se encontra
O Menino Jesus;
Sorrindo para nós.
Porém, há altares de corações
Em que Ele, aparentemente,
Pode se encontrar chorando...
Mas, basta refletir
Para perceber que,
Não passa de choro de criança.
Louvemos a criança
Que reside no altar de cada coração!
ALMA NUA (by Marta Tereza Araújo Silva)
Veste a alma com o fino véu do amor
Cobre-a com as jóias preciosas,
Guardadas no cofre do coração.
Agasalha-a com o manto da ternura
Conduze-a pela mão aos campos floridos.
Ornamenta a cabeça com a tiara da esperança
Oferece-a os olhos para que ela veja a beleza da vida.
04.02.2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
UMA NOVA ERA...? (by Marta Tereza Araújo Silva)
Os acontecimentos ocorridos no Japão levam a refletir se estamos embarcando em uma nova era...
Qual?
Aquarius...? Para os Astrólogos...
Apocalipse ou Fim dos tempos? Para a Igreja...
Residos Nucleares...? Para os Cientistas...
Qual a denominação que terá este Novo Tempo?
Para alguns, utopistas, religiosos, acadêmicos, e outros, é provável depois de tudo ocorra “o retorno da “Era Dourada”, a qual inspirava a paz, harmonia, estabilidade, prosperidade! Segundo eles esse novo tempo virá após um período de bem-aventuranças e decadência das civilizações.” Afirma, Giorgio de Santillana, “ex-professor de história, do Instituto Tecnológico de Massachusetts, há mais de 300 mitos e histórias folclóricas em mais de 30 culturas antigas, que falam de um ciclo de idade relacionado ao movimento dos céus.”
O Cristianismo crer que essa nova era ocorrerá com o reinado de Cristo.
Os fatos remetem a acreditar que, depois das últimas tragédias, especialmente, as ocorridas no Japão, certamente, a terra não será mais a mesma...
As notícias que têm chegado dão evidências que muitas coisas haverão de mudar...
Na terra e com os seus habitantes.
As repercussões, sejam devidos os fenômenos da natureza; seja em face dos acidentes nucleares, fatalmente, atingirão, não somente, a vida do Continente Asiático, como também, os seres de outros continentes, inevitavelmente.
A vida da humanidade está comprometida. A aliança deste compromisso não tem ruptura. Seu aro não tem emendas; é uniforme.
A extensão das tragédias atinge o espaço sem controle. Não há como deter os gases radioativos que estão tomando conta do ar; nem separar os espaços; nem as proporções dos danos presentes e futuros. As partículas radioativas voam, através do vento; ora numa direção, ora em outra.
Os resultados dos movimentos das tragédias estão deixando na terra, e levando para o espaço, uma moldura que envolve uma tela, onde estão traçados riscos de paisagens preocupantes e desoladoras, para todos.
Os ventos estão se encarregando da viagem de um passageiro, invisível e indesejado, que leva, em sua bagagem, algo que não se conseguiu deter na alfândega da inteligência.
Tanta sabedoria, tecnologia, estudos, conflitos, brigas, guerras e tempos desperdiçados...
Atitudes e comportamentos, certamente, serão revistos. Aliás, já iniciaram movimentos em todos os cantos.
Tarde para alguns...
É lamentável, ser necessário o sacrifício de milhares de pessoas, para a resistência das grandes potências cederem lugar a preocupação de trabalham, em conjunto, na busca de encontrarem a melhor maneira de administrar a terra.
Pesamos para a humanidade...
Recife, 17/03/2011
terça-feira, 1 de março de 2011
DOS FILHOS ( Do O Poeta - Gibran khalil Gibran)
E uma mulher que carregava o filho nos braços disse: “Fala-nos dos filhos.”
E ele disse:
Vossos filhos não são vossos filhos.
São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E, embora vivam convosco, a vós não pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Pois eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis faze-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois o arco dos quais vossos filhos, quais setas vivas, são arremessados.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com Sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco, que permanece estável.
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