Welcome


OS POEMAS SÃO PÁSSAROS



OS POEMAS SÃO PÁSSAROS

QUE CHEGAM, NÃO SE SABE DE ONDE,

E POUSAM NO LIVRO QUE LÊS.


QUANDO FECHAS O LIVRO,

ELES ALÇAM VÔO COMO DE UM ALÇAPÃO.


ELES NÃO TÊM POUSO NEM

PORTO.

ALIMENTAM-SE UM INSTANTE

EM CADA PAR DE MÃOS E PARTEM.


E OLHAS, ENTÃO, ESTAS TUAS MÃOS VAZIAS

NA MARAVILHA DO ESPANTO DE SABERES

QUE O ALIMENTO DELES JÁ ESTAVA

EM TI...

(Mário Quintana)



SEJAM BEM-VINDOS AO CELEIRO LITERÁRIO!!!



VISITEM, TAMBÉM, MEU CANAL NO YouTubeMarta7304





CELEIRO LITERÁRIO

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O TEMPO DO TEMPO (Marta Tereza)

Somos reféns do tempo
E sujeitos aos seus caprichos absolutista
Quedamos hipotentes ao seu ritmo inflexível.
Monarca que reina absoluto
Indiferente aos anseios dos seus servos
Ditador que desfila alheio aos seus espectadores.
Passa apático frente os momentos
De alegria ou de tristeza
Frio quando há risos ou lágrimas
Insensível às circunstâncias de ganho ou de perda,
Gélido nas ocasiões de saúde ou de doença.
Contemplativo...para o nascer ou  morrer.
Segue seu curso num compasso inalterado
Numa marcha sem compaixão,
Sem remorso ou arrependimento
Não é dado à retratação.
Estabelece, sem hesitar, seu próprio limite a cumprir,
O tempo do tempo.
Nada influi na sua cadência.
Tem por serva predileta, a paciência,
Escrava que se curva submissa e resignada
Que se entrega à espera dele se realizar.
Quando não nos fixamos nele
Espectro que passa sorateiro.
Sem percebermos, ele já passou...
Mas, quando nos detemos à sua espera,
Desdenha... num passeio lento de braços dados
Com dias e noites intermináveis
E cumplicidade irritante.
Ilusão acreditar que se perde ou que se ganha tempo
Porque não se perde nem se ganha
O que não se tem domínio

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página